TREM TRANSIBERIANO ZARENGOLD
A ferrovia Transiberiana é a ferrovia mais longa do mundo. Tudo começou em 1867, depois que o Império Russo, em dificuldades financeiras devido a guerra da Criméia, vendeu o Alasca para para os EUA. O governo percebeu que na Sibéria, considerada terra selvagem e de exilados, os negociantes de pele faziam fortunas e que ali havia muitas riquezas não exploradas, com enormes jazidas de ouro. Como transportar esses minérios? Assim surgiu a idéia de construir uma ferrovia.
Outra finalidade também, foi como meio de transportes para tropas militares no caso de guerra com os japoneses, antigos rivais, para a cidadezinha de Vladivostok.
A construção da Linha Transiberiana durou de 1891 a 1916, mas o processo de eletrificação só ficou pronto, 90 anos depois em 2002. Logo no início da construção, a pressa do governo russo era tão grande, que construía mil km por ano de ferrovia, utilizando nessa época mais de 84 mil trabalhadores. Após a morte de Alexandre III, os trabalhadores imploraram para que Nicolau II interrompesse a obra. As obras quase foram interrompidas se não fosse a ajuda de um rico industrial belga George Nagelmackers que inventou o vagão leito. Eiffel, construtor da Torre Eiffel também propôs o fornecimento de todas as vigotas metálicas. Ainda, de Paris foram trazidas muitas meretrizes para a região da Sibéria, onde havia falta de mulheres.
A Rota Principal do trem transiberiano é a de Moscou para Vladivostok, com 9.288 km de extensão, cruzando 7 fusos horários, em 8 dias. O Trem Transiberiano Zarengold faz o trajeto saindo de Erlian na Mongólia até Moscou ( mais de 7.000 km). É um trem de luxo, com 15 vagões e 4 restaurantes, sendo um com bar. Todos os vagões tem 9 cabines, duas toaletes e com exceção do vagão 15, tem um chuveiro. Banheiros e chuveiros são compartilhados. No vagão 15 as cabines são para 4 pessoas (standard) e nos demais para 2 pessoas (classic e Superior Plus). O banho é de 15 minutos por passageiro e deve ser agendado numa lista que fica na porta. É preciso ser rápido para não ficar sem banho ou pegar os piores horários. Em cada vagão há um responsável que arruma as cabines, e nos auxilia no que for preciso. Há máquinas com água quente para o preparo de chá em cada vagão. Em cada cabine há água, bolachas, frutas e se quiser mais é só pedir no restaurante. Nos vagões restaurantes são servidos o café da manhã, almoço e jantar. Cada dia um prato diferente bem elaborado. O trem para a cada quatro horas e nesse tempo, não há energia e nem ar condicionado. Quando ele para durante o dia, podemos descer na plataforma, mas a noite, as vezes acordamos com calor. Foi uma experiência muito incrível, uma vez que nossas companheiras de cabine eram nota dez.

Viajamos a noite toda no trem. Deixamos a mochila já preparada, com troca de roupa para um dia. Chegando em Ulan Bator, capital da Mongólia, tínhamos que deixar o trem por uma noite.
Continue me seguindo, a próxima postagem será a visita a cidade de Ulan Bator, capital da Mongólia. País do grande líder Ghengis Khan.
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