Quando cheguei em São Luis fiquei impressionada com os inúmeros casarões do centro histórico. Uma cidade que dizem ter sido fundada pelos franceses em 1612, mas com características arquitetônicas portuguesas por todos os lados. Os casarões revestidos por azulejos coloridos do séculos 18 e 19, as ruas estreitas, as vielas, o teatro Arthur de Azevedo, a igreja Matriz, o Palácio dos leões, o Mercado das Tulhas encantam e desencantam os turistas. Encantam pela beleza e desencantam pelo abandono.
Os franceses chegaram ao local em 1612 comandados por Daniel de La Touche, senhor de la Ravadiere. Construíram o Forte de Saint Louis, em homenagem ao rei Louis XIII, deixaram no local 500 franceses que deram início ao povoado. Mas, a região foi retomada pelos portugueses, em 1615 por Jerônimo de Albuquerque. Em 1641, foi atacada pelos holandeses a mando de Maurício de Nassau, onde ficaram até 1643, quando foi novamente retomada pelos portugueses. Em 1755, o local já tinha uma população de 17 mil pessoas. Com a entrada dos escravos, a região prosperou e os portos de São Luis e Alcântara passaram a ser integrados no sistema mundial do comercio, exportando arroz, algodão e outros produtos regionais. A cidade floresceu, vários casarões, sobrados foram construídos, e em 1766, no local do forte de São Luís, foi erguido o enorme Palácio dos Leões, com 3.000 m2, onde atualmente, funciona o Palácio do Governo. Vale a pena caminhar pelas ruas estreitas, apreciando a arquitetura, as pessoas, os costumes. Cada pedaço do Brasil tem suas características.
Não consegui visitar, mas deu para ver as escadarias revestidas de mármore. Belíssima.
Palácio Clóvis Bevilaqua, onde funciona o Tribunal de Justiça.
Em frente ao Palácio dos Leões está localizado o prédio da Capitania dos Portos.
Sobrados antigos onde moraram pessoas muito importantes. No sobrado da esquina, veja na foto abaixo, morou o escritor Graça Aranha. 
Arquitetura dos casarões azulejados.
Todos os casarões azulejados. Costumavam usar os azulejos como revestimentos, para reduzir o calor do local.
Teatro Arthur de Azevedo. A cidade prosperou tanto, que na época até teatro eles frequentavam.
Museu de história.
Arquitetura do casarão da nobreza.
Azulejos portugueses. Quatro peças formam um desenho.
Fonte do Ribeirão onde a água sai pelos bicos de cinco carrancas. Construido em 1726. A água escoa por várias galerias subterrâneas.
Igreja de São José do Desterro. É a igreja mais antiga de São Luis e a única no Brasil com traços da arquitetura bizantina. A primeira igreja no local data de 1618. Saqueada em 1641 pelos holandeses e reconstruída com os recursos do José Lé e ajuda dos amigos em 1832.
Altar da Igreja de São José do Desterro.
Camarões secos vendidos no mercado da Tulha. Usado no prato típico delicioso "arroz de cuxá"(risoto de arroz, camarão seco e vinagreira)
Garrafadas, são remédios a base de ervas. Há remédios em garrafadas para todas as doenças. 
Refrigerante muito antigo e consumido no estado.
Máscaras usadas na Festa do Divino que dura 15 dias. Acontece 50 dias após a Páscoa, no dia de Pentecostes, quando desceu o Espirito Santo para os apóstolos. Nessa festa são distribuídos doces de espécie. Um doce feito com massa de ovos, recheado de doce de coco, delicioso.
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