terça-feira, 20 de setembro de 2016

CURIOSIDADES DO MUSEU HISTÓRICO DE ALCÂNTARA - MARANHÃO


              O Museu está localizado bem no centro histórico de Alcântara, na Praça da Igreja de São Matias, o símbolo da cidade. Quando visito museus, fico curiosa em conhecer objetos da época e saber como viviam. O museu é um casarão da antiga nobreza, todo revestido de azulejos portugueses e franceses.
Esse casarão onde está localizado o Museu, é um tipo de casa com comércio, devido ao números de portas. Como a maioria dos casarões, ele é revestido de azulejos para proteger do clima. 


Na base, são revestidos por esses azulejos franceses em alto relevo.

E no restante com azulejos portugueses, onde são necessários 4 deles para formar um desenho. Essas pedras que fazem a moldura foram trazidas de Portugal, são as pedras de lióz (muito brilhantes).

Fiquei impressionada como o tamanho da chave. Mede aproximadamente 50 cm.

Pisos de cerâmica queimados, feitos um a um como os azulejos.

Na cidade havia muitos escravos e quando eles praticavam algum delito, eram presos com essa bola de ferro nas pernas, com correntes.

Para identificar, os escravos eram marcados nas costas, a ferro quente, com as iniciais dos seus proprietários

Na época do segundo império, todo o ouro garimpado tinha que pagar imposto. Era denominado "O QUINTO", que alguns chamavam de "O QUINTO DOS INFERNO". Para fugir desse imposto, muitos santos que eles chamavam de imagem de vestir ou de procissão, eram recheados de ouro, uma vez que eram abertos nas costas. Esses santos podiam ser transportados de um lado para o outro Também eram conhecidos como o Santo do Pau Ôco.

Essas imagens eram articuladas para facilitar no transporte. Algumas eram bem grandes.

Abertura  nas costas. Algumas imagens vieram de Portugal. Disseram que eram ocos para diminuir o peso, uma vez que eram confeccionados em  madeira.

Mesa de reunião, mesa estreita.

Na época, muitos usavam fumo e viviam escarrando e em todos os ambientes havia esse tipo de louça denominadas escarradeiras. Era considerado um hábito de higiene, cuspir, escarrar, era como fazer xixi ou defecar.

Banho nem pensar. Usavam essa jarra com água e essa bacia para higiene.  Artigos feitos em pedra de Jade.

Esse era o Urinol das madames. As escravas carregavam quando saiam com as senhoras para algum lugar mais distante.

Esse era o urinol masculino. Um pinico fundo, confeccionado em louça.

Uma cama de casal muito pequena. É um pouco mais larga que a cama de solteiro, mas é bem curtinha. As pessoas deviam ter no máximo 1,60m.

Máquina de costurar.

Em comparação à cama de casal, essa cadeira era gigante. Talvez uma precursora da cadeira da Marquesa.

Ânfora de barro com água fresca.

Na época havia um surto de tuberculose, então cada pessoa tinha a sua vasilha para beber água.

Mesa de jantar com gavetas. Na época o alimento era escasso. Caso estivessem jantando e viesse uma visita, eles colocavam o prato na gaveta para esconder.

Toda casa tinha um santuário, onde faziam orações.

CAMA MORTUÁRIA. Achei interessante o móvel. Já havia ouvido falar, mas nunca tinha visto. O morto ficava deitado nela, no velório realizado na residência. Parece um banco comprido.


Adoro visitar museus. Muito se aprende quando encontramos um guia bem informado. Leia a postagem anterior que relata sobre a cidade de Alcântara. 

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